A rotina das crianças e dos adolescentes mudou muito nos dias atuais. O número de internautas entre 6 e 14 anos cresce a cada dia e esse público já constitui 12% da população online do Brasil, segundo pesquisa da com Score.
É uma geração que domina as tecnologias, aprende a se comunicar online desde pequenas e tem acesso a diferentes meios de informação. Utilizam recursos da informática e vivenciam experiências fantásticas.
Para ilustrar, apresento uma situação relatada por amigos que merece atenção. Um pai verificou que o filho de 6 anos estava jogando no computador. Ao ser questionado de como conseguiu chegar nesse jogo a criança explicou que acessou o site do Google e digitou a silaba “jo”. Ele abriu uma página de jogos e escolheu aquele que mais lhe interessou.
Fica uma pergunta no ar para sua reflexão: “O que representa a ferramenta do Google no processo de aprendizagem?” Está claro que a tecnologia vem influenciando o desenvolvimento das crianças e adolescentes. Já há pesquisas mostrando que os estudantes estão lendo mais, ampliando o conhecimento de mundo e relacionando dados com o uso da internet. Os usos da tecnologia permitem a criação de redes sociais, interações, entretenimento e ainda viabilizam recursos para estudo. Habilidades estão sendo construídas!
Entretanto, é indiscutível a polêmica que existe acerca dos problemas que resultam desse processo tecnológico. Não é novidade que o número de crianças e adolescentes obesos e sedentários aumentou, assim como a interação em salas de bate papo, MSN , Orkut e Twitter diminuiu o contato físico dessa Geração Z.
Surge agora um novo questionamento quanto a cultura da fragmentação da internet, que deteriora a aprendizagem, pois ninguém mais lê textos longos e nem assiste vídeos longos. Nicholas Carr, especialista no assunto, acredita que esse mundo do “ponto com, ponto br”, de buscas rápidas, faz com que a pessoa não se aprofunde em nada, devido ao excesso de informações em tela e que essa superficialidade toda nos “emburrece”, ou seja, prejudica a aprendizagem.
Ainda não é possível chegar a uma conclusão quanto aos limites e possibilidades dos recursos oferecidos pela Web 2.0: auxiliam ou atrapalham no aprendizado? O interessante é refletir sobre o momento histórico importante que vivemos, com a necessidade de integração eficiente das áreas de educação e tecnologia. Deste modo, torna-se objetivo dos educadores aprender a utilizar esses recursos de forma inteligente no processo de ensino dessas crianças e adolescentes do século XXI.
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